Na manhã desta quarta-feira, 27 de janeiro, em São Paulo, dirigentes da COBAP enriqueceram seus conhecimentos sociais e políticos com palestra ministrada pelo líder Atenágoras Lopes, coordenador nacional da CSP Conlutas. Foram duas horas de explanação e bate papo de altíssimo nível com diretores e presidentes de federações estaduais. O debate foi duro e franco, porém muito produtivo.
"Infelizmente, a maioria dos sindicatos no Brasil viraram correio de transmissão do governo e dos capitalistas", disparou Atenágoras, revelando que Dilma acena com mais ataques a Previdência Pública e aos direitos dos trabalhadores.
Segundo ele, na macro economia, a forma de conduzir o País do PSDB é igual ao PT, pois até agora nenhum presidente da República tem autonomia e não dá um passo sem o aval dos grandes investidores estrangeiros.
"Está difícil viver, custo muito caro. Teremos um ano desgraçado em 2017. As previsões futuras são aterradoras", lamentou o palestrante.
Indignado com tantas injustiças sociais e com a corrupção, Atenágoras foi categórico ao dizer que o Brasil precisa urgentemente de uma greve geral, um despertar que abale as estruturas políticas.
"A CUT, CTC, MST e UNE precisam romper com o governo e unificar as lutas conosco", sugeriu.
Questinado sobre o convite que o presidente Warley Martins recebeu da Presidência da República para participar do "Conselhão", Atenágoras foi taxativo: "A COBAP foi chamada porque atrapalhou o Governo nos últimos anos. A intenção de Dilma é controlar a Confederação dos Aposentados. Mas irão dar com os burros nágua, pois meu companheiro Warley é independente e ferrenho defensor dos direitos dos aposentados", analisou o palestrante, prevendo que a COBAP terá muito trabalho para combater no Conselhão a tentativa do governo de efetuar uma nova reforma na Previdência Social.
Forjado na construção civil, Atenágoas Lopes também opinou sobre a tragédia ocorrida recentemente em Mariaana/SP. Denunciou que dos 13 deputados federais que lá estiveram para investigar, nove tiveram a campanha eleitoral financiada pela Vale e os demais por outras empresas suspeitas. "Ou seja, quem paga, manda", enfatizou.
Ao final da palestra, Atenágoras respondeu a todas as perguntas, demonstrando grande conhecimento cultural, econômico e político. Foi uma verdadeira aula de sindicalismo revolucionário e ético.
Fale Conosco