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ENTRE APOSENTADOS POR IDADE, MULHER É A MAIORIA E RENDA É MENOR

Mulheres podem ser mais penalizadas na reforma da Previdência Social, de acordo com estudo da pesquisadora Ana Amélia Camarano, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). 

A maligna proposta que o governo enviou ao Congresso prevê que as mulheres devem se aposentar aos 65 anos, cinco a mais do que hoje e contribuir por 25 anos. Atualmente, o mínimo previsto são 15 anos para ambos os sexos.

Hoje, as mulheres são maioria entre os que se aposentam por idade. Representam 64%, com benefícios em torno de um salário mínimo. Já por tempo de contribuição, a presença feminina é de 30%, exatamente onde os rendimentos são maiores.

“Tentei calcular qual o custo da equiparação por idade para homens e mulheres. De fato, não é função da Previdência corrigir distorções do mercado de trabalho, mas não se pode fazer isso de uma hora para outra. É preciso um amortecedor”, diz Ana Amélia.

Na aposentadoria por idade, a mulher consegue, em média, comprovar 18 anos de contribuição, e os homens, 21 anos. Na reforma, a mulher precisaria trabalhar mais sete anos, enquanto o homem, quatro.

Segundo a pesquisadora, menos mulheres conseguem se aposentar, têm menos emprego e mais informalidade. As mulheres com filhos têm jornada menor e isso afeta o rendimento.

Por: Richard Casal - COBAP