O terceiro Encontro Nacional da Mulher Cobap aconteceu no estado de Alagoas entre os dias 07  e 10 de março.

 A Delegação Catarinense com a comissão da Mulher FEAPESC apresentou a história do movimento em Santa Catarina e, ao final do evento, apresentou como proposta uma carta do encontro das Mulheres que deverá ser entregue ao Presidente da República, ao Ministro da Previdência Social  e demais autoridades para que fique claro a luta dos Aposentados, Pensionistas e Idosos. 

É claro que várias bandeiras em prol da categoria são urgentes, mas a Pensão por morte era um direito consolidado que, com a Reforma da Previdência, foi retirada da categoria. Dentre diversas pautas importantíssimas, a pensão é para recuperar o que foi perdido. 

Após a leitura da carta, a mesma foi  ampliada e aprovada com mais pautas que serão incluídas e enviadas esta semana para todas as Federações que terão o prazo de 15 dias para ser devolvido à  Secretaria da Mulher Cobap e assim, consequentemente,  ser entregue ao Presidente, ao Ministro e demais autoridades. 

Conheça na íntegra a proposta de Santa Catarina.

Carta das Mulheres Aposentadas, Pensionistas e Idosas

             Os aposentados do Regime Geral da Previdência sofrem com mudanças erigidas nos últimos anos. Enquanto algumas categorias do funcionalismo público recebem o valor integral nas aposentadorias, os segurados do Regime Geral da Previdência sofrem com o fator previdenciário,  perdendo, desse modo, o seu poder aquisitivo  depois de árduos anos trabalhando dia e noite.    

            Mas outro tema tem gerado insônia e preocupação nos aposentados: a pensão por morte. Sabe-se que toda e qualquer alteração legislativa pode sofrer modificações tendo como base o apoio de parte da sociedade. As alterações na pensão por morte do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estabelecidas pela reforma da Previdência em 2019 devem ser revistas de forma urgente.

Entre os itens alterados na Reforma da Previdência de 2019, nenhum causa tanta revolta e falta de equidade quanto o tema supracitado. Não há nenhuma justificativa, nem mesmo fiscal, para se manter a atual legislação. Ora, é sabido que muitos aposentados não apenas utilizam seu salário para a manutenção de sua casa, do pagamento de remédios, alimentação, mas, em diversos casos, também ajudam seus filhos e netos.

            O impacto gerado pelo não pagamento integral da pensão é incalculável, não apenas de forma monetária, mas social e psicológica. Não existe razoabilidade para um casal que viveu boa parte da vida junto, dividindo as contas a serem pagas, quando seu companheiro ou companheira falece, fica apenas com parte do que seria justo.

            Urge, portanto, imediata volta do debate com o Ministro da Previdência,  Carlos Lupi e, por conseguinte, com o Presidente da República, sobre a pensão integral por morte, tendo como objetivo que a justiça social e a cidadania mais uma vez vençam.

            E, juntando forças neste debate, a Cobap, junto às Federações de Aposentados e Pensionistas de todo o Brasil promoveu no mês de março o III Encontro Nacional da Mulher COBAP (III ENAMUC), evento que, através de debates e palestras, além de fortalecer e consolidar o papel da mulher e dar mais visibilidade a ela diante do movimento  dos aposentados, vem encorpar  a luta pela justiça social almejada pelos aposentados, pensionistas e idosos.

Devolvam a nossa Pensão!!!