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Crise econômica continua em 2019

A recuperação da economia não acontecerá em 2019. Todos os indicadores econômicos estão ruins e não serão revertidos no curto prazo. A recuperação econômica será bastante lenta e vai requerer muita negociação política.

Há alguns indicadores específicos que reforçam que a economia não vai melhorar. O consumo está fraco, as famílias estão endividadas, o desemprego está elevado, a indústria está estagnada, faltam investimentos no setor produtivo e pioraram as condições de crédito. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 foi de apenas 1%. Há, portanto, muita incerteza com o futuro do país.

O novo Governo, para enfrentar a crise econômica, terá que realizar algumas reformas estruturais, tais como a reforma tributária, a reforma financeira, a reforma do Estado e a reforma política. Terá também que formular uma nova política de ajuste fiscal para retomar os superávits primários, melhorar a competitividade do sistema bancário e uma nova política industrial.

O maior desafio econômico para o ano de 2019 continua sendo o déficit fiscal do governo. Os dados conjunturais atuais, que mostram que a economia vem tentando sair do afogamento, podem ter novo retrocesso se essa agenda das reformas necessárias e a consequente redução do déficit fiscal não ocorrerem. Sem elas, o governo não conseguirá parar de registrar rombos consecutivos nas contas públicas — algo que vem ocorrendo desde 2014 e deve ir até 2021 —, muito menos começar a fazer o básico da economia doméstica: gastar menos do que arrecada. O déficit fiscal está atualmente em R$ 139 bilhões.

A Previdência Social continua enfrentando novos ataques e é preciso está preparado para isso. O movimento dos aposentados, pensionistas e idosos do Brasil, através da COBAP, terá que se mobilizar para defender direitos e evitar que reforma da Previdência seja aprovada de maneira prejudicial. A luta pela recuperação das receitas previdenciárias, pelo fim da DRU e o combate à sonegação também devem continuar.

Finalizando, o novo Governo precisa enfrentar os privilégios dos poderes judiciário, legislativo e executivo. Essa é uma reforma urgente.

A análise é do Economista Maurício Oliveira