Na tarde de ontem, 29 de fevereiro, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), foi amplamente debatida a criação de uma frente parlamentar mista em defesa da Previdência Social. A COBAP marcou presença através do seu vice-presidente Carlos Olegário e do assessor parlamentar Moacir Meirelles.
O senador Paulo Paim (PT-RS), que preside a comissão, e os convidados para o debate afirmaram que a Previdência Social não tem déficit e que é desnecessária qualquer reforma.
Intenção desse primeiro encontro é coletar nomes de senadores, deputados e da sociedade civil para ser criada uma frente nacional em defesa da previdência pública. O senador afirmou que, pelo menos, 300 deputados e 50 senadores devem participar da frente.
"Teremos aqui organizações do Judiciário, do Executivo e do Legislativo. Essa frente será composta de inúmeras entidades para abraçar uma causa que é de interesse de todos e salvar a Previdência brasileira", disse.
Debatedores condenaram a volta da CPMF e a proposta do aumento da alíquota da Desvinculação das Receitas da União (DRU) de 20% para 30%. Segundo eles, o governo utiliza o mito do déficit da Previdência para impor medidas que apenas prejudicarão os trabalhadores brasileiros.
Eles disseram que o combate à sonegação fiscal e a inadimplência, assim como a defesa da transparência no Sistema Previdenciário seriam medidas mais eficazes para solucionar os problemas da Previdência no Brasil.
Na próxima terça-feira, 8 de março, a CDH se reunirá novamente para um novo debate sobre o tema e, no dia 27 de abril, centrais sindicais, especialistas, parlamentares e a sociedade em geral participarão de evento no auditório Petrônio Portella sobre o assunto.
A POSIÇÃO DA COBAP
"Está comprovado que a nossa Previdência é uma das melhores do mundo e superavitária. Mas infelizmente a grande imprensa só reproduz os números negativos e camuflados apresentados pelo governo e não mostra a realidade", disse o vice Carlos Olegário.
"Sempre que há uma crise na economia o alvo é a Previdência e os trabalhadores, porém desta vez o governo vai encontrar uma rejeição dos parlamentares", analisou o assessor Moacir Meirelles.
Fonte: Richard Casal e Livia Rospantini
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