Dados divulgados pela Auditoria Cidadã da Dívida, movimento social que congrega diversas entidades sindicais, mostram o tamanho do rombo financeiro que a nação brasileira paga de juros e amortizações da dívida pública da União para engordar os bancos e demais credores, nacionais e internacionais.
Apenas em 2018, 40,66% de todo o Orçamento Geral da União foi destinado para os encargos financeiros da dívida pública, ou seja, R$ 1,065 trilhão foi destinado para pagar juros e amortizações. Já a dívida interna federal total ficou em R$ 5,5 trilhões.
Enquanto isso, no mesmo ano, as políticas sociais recebiam pouco recurso: a Previdência Social recebeu 24,48% dos recursos, a saúde pública apenas 4,09%. E para piorar ainda mais esse quadro, os gastos com educação foi de apenas 3,62%; a assistência social aos mais necessitados 3,26%, e a segurança pública atingiu míseros 0,34% dos recursos orçamentários.
Essa é a herança que o povo brasileiro, inclusive os aposentados e pensionistas, carrega nas costas há muitas décadas e nenhum governo toma as medidas necessárias para estancar essa sangria orçamentária.
É urgente que se realize uma auditoria da dívida pública para que se esclareça toda essa situação orçamentária e essa crise financeira do Estado brasileiro. A crise econômica que o país atravessa é derivada dessa crise financeira. Se isso não parar, o Orçamento Geral da União ficará todo comprometido com a rolagem dessa dívida pública.
A dívida pública se tornou uma questão de segurança nacional. Por isso é fundamental a mobilização de toda a sociedade para barrar esse sistema financeiro vicioso e extremamente nocivo aos interesses nacionais. É preciso defender o Estado brasileiro contra essa sangria financeira de dinheiro público e que prejudica imensamente as políticas sociais e impede os investimentos públicos do país.
fonte:Cobap