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Reforma da Previdência não resolverá a crise econômica

Já se passaram cinco meses do novo Governo e nada mudou para melhor.  Pelo contrário, a crise econômica continua forte e os indicadores sociais piorando. O Estado brasileiro apresenta num esgotamento fiscal de grande magnitude. E o Governo não toma nenhuma medida efetiva.

 

O Governo somente fala em Reforma da Previdência como se ela fosse a solução para todos os males. Ou seja, todos os problemas do país serão resolvidos com a aprovação da reforma da Previdência. Entretanto, isso está longe de ser verdade.

 

A crise econômica não será resolvida com a reforma da Previdência. O Governo precisa adotar outras medidas. Na verdade, o Governo não tem um projeto de desenvolvimento para o país. O que o Brasil precisa é de geração de emprego e bem-estar social. E o Governo não apresentou nada nesse sentido.

 

Cabe ao Estado promover o bem-estar social, investindo em educação, saúde e segurança. Entretanto, o que se vê é uma situação de piora nos indicadores sociais e a educação sendo afetada em seus recursos públicos. As universidades sofreram corte de verbas e o nível escolar está péssimo. Quanto à saúde, os hospitais públicos não conseguem prestar um mínimo de bom atendimento à crescente necessidade da população. Em relação à segurança, o país está assolado pela violência.

 

A crise fiscal do Brasil é uma crise do mau uso do dinheiro público. A previsão de déficit em 2019 já alcança R$ 139 bilhões. E pode ser ainda pior. Por isso, a qualidade do gasto público é fundamental no processo de desenvolvimento dos indicadores sociais e da melhoria dos serviços públicos. O melhor atendimento da população depende de como é administrado o dinheiro público, ou seja, de como as receitas e as despesas do governo são geridas.

 

O Governo precisa começar a governar de fato. Sair do foco da Previdência e encarar o desemprego crescente. Enquanto o Governo fala de Previdência, a indústria continua paralisada, o comércio estagnado, a renda e o consumo em queda e os investimentos inexistentes.

 

Por Maurício Oliveira -Assessor econômico da COBAP