Assessor econômico da Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas comenta a Crise econômica e afirma que a Previdência Social não é culpada desta "situação" como tenta divulgar o Governo Federal e sim, é esta crise que está prejudicando a Previdência Social no país. Vamos acompanhar na íntegra o artido do economista Maurício Oliveira:

O Governo alega que a Previdência Social é a culpada pela crise econômica. Isso é errado. O contrário é que é verdadeiro. A crise econômica prejudica a Previdência Social, pois reduz as receitas do sistema através do desemprego.

A crise econômica do país aponta claramente para o uso indevido do dinheiro público. A população paga os impostos para ter direito a serviços públicos de qualidade, tais como educação, saúde, segurança e aposentadorias justas. Mas isso não ocorre. O Estado brasileiro tem um custo financeiro muito elevado e um retorno social muito precário.

Os três poderes da República também são muito caros. A população sustenta financeiramente esses poderes e não vê resultados positivos, pelo contrário, assistimos ao aumento de vantagens para seus membros. Enquanto isso vai acontecendo, o Governo e o país ficam paralisados em suas funções econômicas e sociais essenciais.

A Previdência Social sempre foi atacada pelos governos e sempre a acusam de possuir déficit. Mas isso não é verdade, ao contrário, nunca faltou dinheiro na Previdência. Entretanto, os recursos da Previdência são permanentemente desviados para outras finalidades, principalmente para o pagamento dos juros da dívida pública e outros objetivos incorretos.

A Previdência Social não é culpada pela crise econômica. Na verdade, ela é uma vítima dessa crise, pois sua receita é sistematicamente utilizada de maneira errada e ilícita. A população precisa ser mais bem informada disso e denunciar os desvios de recursos da Previdência. É necessário enfatizar que a Previdência é a maior política social do país, pois distribui renda entre os municípios e reduz a pobreza.

Finalizando, para combater a crise econômica é preciso medidas para redução do déficit fiscal e aumento do nível do emprego. Em relação à Previdência Social é preciso uma efetiva e firme fiscalização dos seus recursos e também de uma redução dos gastos dos três poderes da República.