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Os enfrentamentos do futuro Governo

O futuro Governo, que sairá das urnas neste ano, terá de enfrentar uma crise econômica, política e social sem precedentes. O principal problema é o rombo fiscal que impede o crescimento econômico. E, nesse ponto, é fundamental reduzir o tamanho da máquina estatal e melhorar sensivelmente sua eficiência.

O gasto público tem de ser priorizado para as políticas sociais e os investimentos do Governo têm de ser focados para as áreas econômicas que aumentem o nível de emprego, como, por exemplo, o setor da construção civil.

Duas reformas são fundamentais: a tributária e a política. A reforma tributária deve priorizar a simplificação tributária, a redução de impostos e a progressividade do sistema, ou seja, paga mais quem ganha mais, paga menos quem ganha menos. A reforma política deve se pautar pela simplificação partidária e novas regras eleitorais, como o voto distrital.

Educação, saúde e segurança pública precisam ser os três principais pilares do novo Governo. Sem esses pilares nenhum país tem futuro, não há avanço para a prosperidade econômica e social.

O sistema de Seguridade Social tem de ser fortemente defendido e respeitado. O novo Governo não pode, de maneira alguma, desviar seus recursos para outras finalidades, como é o que ocorre há décadas.

A Previdência Social não precisa de reforma, mas de uma política eficiente de recuperação de receitas e de melhoria radical em sua gestão, com melhor fiscalização e cobrança.

Do ponto de vista dos principais indicadores econômicos, o futuro Governo terá de enfrentar o controle da inflação, o alto grau de endividamento das famílias, o desemprego, a indústria estagnada, o desemprego, a redução do consumo e manter as taxas de juros em patamares baixos.

O desafio é grande. Os primeiros dois anos de mandato serão para “arrumar a casa”. Não existem milagres diante de uma crise econômica das maiores da história do país. O futuro Governo terá de usar de sua legitimidade alcançada nas urnas e adotar medidas duras para sanear as contas públicas, aumentar os investimentos e tentar aumentar o nível de emprego. Dessa maneira, pode-se iniciar a retomada do crescimento econômico.

 

A análise é do Assessor econômico da COBAP