Toda vez que se discute a situação da Previdência Social o debate se restringe às aposentadorias e pensões, entretanto, pouco se fala sobre os privilégios da Previdência dos três poderes da República: Judiciário, Legislativo e Executivo.

O momento eleitoral é fundamental para que se amplie o debate previdenciário no sentido de se discutir sobre um sistema único para todos, com justiça financeira. Chega de privilégios e mordomias no Judiciário, no Legislativo e no Executivo.

Para que se faça justiça é preciso que haja um teto previdenciário único para todos os regimes de Previdência do país. Penalizar apenas as aposentadorias e pensões do INSS é injusto. O INSS possui cerca de 34 milhões de aposentados e pensionistas, sendo que 2/3 ganham um salário mínimo, enquanto que nos três Poderes da República o número de servidores não chega a 2 milhões de pessoas e o teto é exorbitante, além de um monte de outros privilégios.

Se houver reforma previdenciária que ela se inicie nos três Poderes da República. E que isso sirva como exemplo para todos os que buscam a justiça previdenciária.

Os candidatos à Presidência da República precisam apresentar suas propostas para se fazer a justiça previdenciária e para que, num futuro próximo, o Congresso Nacional dê exemplo de respeito aos anseios da população brasileira acabando com os privilégios e mordomias dos três Poderes da República. Dessa maneira, o país vai avançar.

Por Maurício Oliveira/assessor econômico